O Prêmio Candango de Literatura, realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), divulgou a lista de classificados da edição 2025. Ao todo, 2.080 obras foram selecionadas para disputar em sete categorias: Romance, Contos, Poesia, Prêmio Brasília, Capa, Projeto Gráfico e Iniciativa de Incentivo à Leitura.
Do total, 168 títulos são independentes e 1.853 publicados por editoras. Os finalistas — dez em cada categoria — serão conhecidos em 1º de outubro, com publicação no site oficial do prêmio.
Diversidade internacional
Embora o Brasil lidere com 1.988 trabalhos inscritos, a premiação registrou forte participação internacional, com obras vindas de Portugal (41), Angola (19), Moçambique (17) e Cabo Verde (4). Também há representantes de países como Estados Unidos, Suíça, São Tomé e Príncipe, Colômbia, Países Baixos, Uruguai, França e Itália.
Segundo a organização, parte das inscrições não seguiu adiante por desenquadramento nas categorias, ausência de versão impressa ou por não atender ao critério de publicação em 2024. Para as próximas edições, a Secec-DF promete reforçar orientações e suporte aos candidatos.
Estrutura e premiação
Idealizado em parceria com o Instituto Casa de Autores, o prêmio nasceu para valorizar a criação literária em língua portuguesa e ampliar o diálogo entre culturas. A curadoria é assinada pelo escritor João Anzanello Carrascoza, com coordenação do jornalista e escritor Maurício Melo Júnior. A seleção das obras está a cargo de um corpo técnico de 45 jurados.
A 2ª edição distribuirá R$ 195 mil em premiação, organizada em três eixos:
Literário: Melhor Romance, Contos, Poesia e Prêmio Brasília (R$ 140 mil)
Editorial: Melhor Capa e Projeto Gráfico (R$ 20 mil cada)
Iniciativas pedagógicas: Incentivo à Leitura (R$ 15 mil)
Como contrapartida, vencedores das categorias literárias e editoriais deverão doar exemplares de suas obras às bibliotecas públicas do DF. Já o vencedor em Incentivo à Leitura oferecerá uma atividade formativa online de, no mínimo, quatro horas.
Histórico
Na estreia, em 2022, o Prêmio distribuiu R$ 174 mil e consagrou nomes como Marcílio Godoi (Etelvina), Alexei Bueno (O sono dos humildes), João Anzanello Carrascoza (Tramas de meninos) e Alexandre Pilati (Tangente do cobre).